Havia um homem
muito rico, arrogante e ganancioso. Estava sempre trabalhando, com o objetivo
de aumentar sua fortuna. Não tinha tempo para sua família; por isso, seus filhos
perderam-se no mundo das drogas e seu casamento acabou.
Sobrecarregado
de trabalhos, tornara-se insuportável. Nem se alimentava direito. Engolia
rapidamente alimentos nada saudáveis, pois não tinha tempo... Não queria saber
de Deus, não queria saber de seus filhos. Queria apenas preparar um boa
herança. Sendo assim, sua saúde tornava-se cada vez mais debilitada.
Seu vizinho porém era justamente o
inverso. Pobre, bondoso, religioso. Para
ele, nenhuma fortuna poderia substituir a presença da família. Ao fim da
tarde, depois de um cansativo dia de trabalho na terra, brincava com seus
filhos, contando belas histórias. Participava assiduamente da missa dominical.
Rico e pobre morreram. Ao velório do rico, ninguém
compareceu. O caixão do pobre, por sua vez, foi rodeado por muitas pessoas que
desejavam dar-lhe o último adeus.
A
fortuna que o rico deixou a seus filhos foi desperdiçada nas drogas. O pobre
não deixou um tostão sequer, já que não o possuía, mas deixou a maior de todas
as heranças: a fé, o seu bom exemplo e recordação saudosa de sua vida.
Isto nos leva a refletir: Qual a herança que
você deixará a seus filhos? Os bens materiais passarão, e talvez não sejam bem
administrados. O teu exemplo, este sim permanecerá.
Em nossos dias, muitos pais preocupam-se, em
dar tudo aos filhos, roupas caríssimas, as melhores escolas etc. Contudo afirmam
não terem tempo de levar os filhos à catequese, à missa, para ensiná-los a
rezar, ou simplesmente para contar uma historinha.